CIRCUS A NOVA TOURNÉE
Prêmio APCA de Melhor Espetáculo de Animação
A premiada companhia paulista Circo de Bonecos apresenta “Circus: A Nova Tournée”, um espetáculo encantador que transcende gerações e diverte tanto crianças quanto adultos. Com uma abordagem inovadora e criativa, o espetáculo substitui a palavra pelo gesto do clown e pela trilha musical circense, criando uma experiência visual e sonora única.
No picadeiro de um cirquinho mambembe, dois saltimbancos apresentam números circenses inusitados e hilariantes. Entre os personagens, destacam-se os ovos equilibristas, as minhocas trapezistas, o árabe e seu dromedário abusado, a ousada mosca dançarina, as trapalhadas do Homem Bala e o famélico faquir. Cada quadro é uma sequência de humor sutil e elaborado, onde nada dá certo, mas tudo diverte.
O espetáculo é uma homenagem singela ao universo circense, recheado de tiradas espertas e momentos mágicos. A manipulação precisa e segura dos bonecos por Claudio Saltini e Teka Queiroz faz com que os personagens ganhem vida própria, encantando o público com suas peripécias e trapalhadas.
Dib Carneiro Neto, em sua crítica sobre o espetáculo, destacou o domínio técnico dos manipuladores e a criatividade nos números apresentados. Ele ressaltou que “Circus: A Nova Tournée” é uma obra-prima do teatro de animação, capaz de provocar risos e encantamento com sua simplicidade e engenhosidade.
“Circus: A Nova Tournée” é uma verdadeira celebração do circo, onde a magia e o riso se encontram para proporcionar uma tarde inesquecível.
FICHA TÉCNICA
CRIAÇÃO E ROTEIRO:
Claudio Saltini
Marco Lima
Eduardo Amos
DIREÇÃO ORIGINAL:
Eduardo Amos
DIREÇÃO DA ADAPTAÇÃO:
Claudio Saltini
ELENCO:
Cláudio Saltini
Teka Queiroz
BONECOS E ADEREÇOS:
Marco Lima
CENÁRIO:
Cláudio Saltini
TRILHA SONORA:
Marco Lima/Claudio Saltini
DURAÇÃO:
45 minutos
FAIXA ETÁRIA RECOMENDADA:
Livre – a partir de 3 anos
TEMA:
Objetos em esqueces circenses
CONTEÚDO:
Teatro de bonecos
GÊNERO:
Comédia
MODALIDADE:
Teatro infantil
TRAILER
HISTÓRICO
O espetáculo CIRCUS – A Nova Tournée foi criado pela Companhia A Cidade Muda por Claudio Saltini, Eduardo Amos e Marco Lima. A Cidade Muda desempenhou um importante papel no desenvolvimento e na difusão do Teatro de Bonecos na cidade de São Paulo, nos anos 80 e 90. Em 2000, o espetáculo foi adaptado para ser encenado por Claudio Saltini e Teka Queiroz que mantiveram o encantamento do espetáculo original. Circus A Nova Tournée deu inicio a trajetória da Cia. Circo de Bonecos que continuou a explorar o trabalho experimental e plástico característicos de A Cidade Muda.
ESTREIA:
1999 – Teatro Alfa Sala B
TEMPORADAS:
2002 – Teatro Folha Cacilda Becker
2002 – Teatro Leblon
2003 – Teatro Folha
2006 – Teatro Tim
2007 – Sesc Pompéia
2007 – Teatro Jardim São Paulo
2011 – Teatro Alfa
PRÊMIO:
APCA – Melhor Espetáculo de Animação – 2000
CRÍTICAS
Dib Carneiro Neto
Site: Pecinha é a Vovozinha
A premiada companhia paulista Circo de Bonecos, capitaneada pelo casal Claudio Saltini e Teka Queiroz, de Salto, brindou o público de Rio Preto com essa pérola de seu repertório. Chegaram de última hora, recrutados para cobrir a lacuna surgida na programação (uma das companhias selecionadas apresentou um caso de covid em seu elenco), e deram um show de profissionalismo e talento, como, aliás, sempre fazem.
É um espetáculo já bastante encenado pelo Brasil e até pelo mundo, eu mesmo já vi algumas vezes, mas a sessão em Rio Preto, diga-se, teve um frescor de primeira viagem, como se Claudio e Teka tivessem mudado várias coisas, acrescentado novas cenas. Nada disso. Tudo já fazia parte das versões anteriores de Circus, como eles me disseram, atestando assim que teatro bom tem essa força de nunca envelhecer, nunca parecer desgastado.
Que prazer foi ver Claudio e Teka em cena, manipulando os criativos bonecos com garra e delicadeza, encantando a plateia com seus gestuais e expressões faciais extremamente carismáticos e precisos. Clowns de alto nível.
Dividido em esquetes (Os Ovos, As Minhocas, O Dromedário, A Mosca, O Homem Bala, O Faquir e O Mágico), Circus tem ritmo, fluência, graça. É um convite explícito à imaginação. Digo explícito porque o tempo todo os “truques” são revelados, são mostrados ao público e, ainda assim, todos nós acreditamos na fantasia. Isso, para a formação de uma criança, é precioso demais. Ela está vendo que é teatro, que há fios e varetas sustentando os bonecos em seus números circenses, mas isso não atrapalha em nada a fé que essa criança tem no poder do fantasioso. Circus emociona por essa lufada de esperança, despejada em todos nós na era trágica da pandemia.
Dib Carneiro Neto
(Caderno 2 – 14/07/2000)
Circus A Nova Tournée: irresistível
Uma das companhias de teatro de animação mais importantes de São Paulo, a Cidade Muda está de volta com Circus – A Nova Tournée. A primeira versão estreou em 1995 e encantou o público. Agora, novas atrações e truques fazem do espetáculo um dos melhores da temporada.
Os bonecos continuam encantadores, juntando graça, humor, caricatura, magia e mistério. O número de strip-tease da mosca faz a plateia delirar e a cena final, em que aparece uma bandeira com a palavra fim, é de uma singeleza empolgante. Dá vontade de reunir tudo o que está no palco e levar para casa.
Um charme adicional é a opção pelos chamados entreatos, em que os atores-manipuladores surgem na boca de cena para anunciar a próxima atração. Ë um recurso que dá agilidade e mas graça ao que poderia resultar maçante se fosse só uma sucessão de bonecos imitando números circenses. Os atores-manipuladores dão um show de picadeiros sem picadeiro. São clowns de carne e osso, num desfile de bonecos inesquecíveis.
O Globo
(Segundo Caderno – 17/03/2002)
A magia dos bonecos em cena
Quem gosta de teatro de bonecos não pode perder espetáculo “Circus – A Nova Tournée”. O espetáculo, que recebeu em 2000 o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte de melhor espetáculo de Animação, é uma produção do grupo paulista A Cidade Muda, e fica em cartaz no Rio até o fim de maio.
Em cena, os bonecos fazem malabarismos e truques inacreditáveis, que deixam crianças e adultos boquiabertos. Um dos números mais aplaudidos de espetáculo é o das minhocas contorcionistas, realizado com manipulação aparente, mas não totalmente explicita. A mosca dançarina, que jamais consegue terminar seu número de strip-tease, também é um sucesso.
Os atores-manipuladores Claudio Saltini e Teka Queiroz não usam palavras para contar suas histórias. Elas são substituídas pela trilha sonora de Marco Lima e pelo primoroso trabalho corporal dos atores, que pode ser apreciado nos entreatos, quando interagem com a plateia. A magia dos 45 minutos de Circus, a Nova Tournée, encanta os pequenos e deixa os adultos com gostinho de quero mais.
Cássio Pires
(FESTEC – 23/09/09)
Tudo começa com dois clowns de cara limpa. Eles tentam mostra-se hábeis dançarinos, atiradores de facas e equilibristas de copos. Nada funciona. Está dada a medida do que vermos quando se abrirem as cortinas do pequeno palco colocado sobre o palco de teatro: todos os números de Circus, a Nova Tournée estão condenados a uma série divertidíssima de fracassos.
A dupla clownesca que dá vida aos bonecos, Claudio Saltini e Teka Queiroz, mostra, sem propagandear sua habilidade, um grande domínio de um sem-número de técnicas de manipulação de formas animadas; da mesma forma, são excelentes nas relações que estabelecem com a plateia e com suas próprias criaturas.
Números clássicos do circo são recriados ora por personagens conhecidos, ora por figuras inusitadas. Se o mágico e o palhaço são figuras obrigatórias, nos surpreenderá saber que uma mosca dançarina, uma família de ovos equilibristas e duas minhocas trapezistas estão entre os seus companheiros de palco. Todos carismáticos, todos capazes de manterem crianças e adultos atentos do início ao fim dessa peculiar jornada circense.
Feita de ovos, animais e palhaços, essa peça, de alguma forma, fala sobre um inventário de assombros e paixões que nos acompanham enquanto estamos (e quando não estamos?) diante da necessidade de cumprir alguma meta. Na jocosa representação do erro, em um espetáculo tecnicamente exemplar, há uma delicada reflexão sobre a condição humana.